Consumidor deve ficar atento às promoções, fazer compras seguras e ficar longe das armadilhas na Black Friday,
Amanhã (25/11) é dia da Black Friday que promete preços baixos e que se tornou uma das datas mais aguardadas do ano tanto por consumidores quanto pelos comerciantes.
As promoções, muitas vezes bem agressivas, que é a característica mais marcante do evento, geram grandes expectativas. Mas é preciso ficar atento para que o entusiasmo não se transforme em frustração. Afinal, alguns estabelecimentos se aproveitam do interesse dos consumidores para aplicar golpes, com promoções falsas.
“Fraudes e golpes, infelizmente, têm sido cada vez mais comuns na Black Friday. Por isso, é preciso tomar alguns cuidados antes de realizar a compra”, adverte o advogado Bruno Prado Guedes de Azevedo, do Escritório Maia Sociedade de Advogados, com atuação em Direito Digital.
Segundo o advogado, a pesquisa e o acompanhamento do histórico dos preços dos produtos que a pessoa deseja adquirir são fundamentais para se prevenir contra ofertas enganosas.
Existem lojas que sobem o preço dos produtos dias antes da Black Friday somente para dar a impressão de que o desconto que estão oferecendo é alto, quando na verdade o valor é quase igual ao praticado anteriormente.
A atenção às condições de pagamento é outra recomendação importante, segundo o advogado.
Ele comenta que pagar com cartão de crédito facilita na hora de conseguir o ressarcimento da compra, se houver necessidade. Segundo Bruno, para evitar risco de clonagem do cartão, o mais indicado é usar cartões de crédito virtuais, cujos números podem ser gerados e cancelados a cada compra realizada.
Além da compra segura é preciso evitar as tentações
Outra dica importante é jamais agir por impulso. Os preços podem até ser tentadores, mas é mais prudente se planejar para não complicar o orçamento com as compras da Black Friday.
Bruno lembra que o Código de Defesa do Consumidor (CDC) garante, no artigo 49, que o comprador poderá desistir, dentro do prazo de sete dias do ato do recebimento do produto, da aquisição realizada fora do estabelecimento comercial, independentemente da existência de defeito, e que os custos da devolução da mercadoria devem ser arcados pela empresa vendedora.
Uma simples consulta ao site do Procon é outra atitude que pode ser muito útil. O órgão disponibiliza aos consumidores uma lista de sites não confiáveis, indicando que aquele comerciante já foi alvo de algumas reclamações que colocam em dúvida a sua credibilidade.
Mas se o consumidor se deparar com alguma situação de fraude ou de desrespeito aos seus direitos, ele pode buscar os órgãos de proteção do consumidor, como é o Procon, ou então um advogado de sua confiança para avaliar se cabe ações de ressarcimento ou indenização, conforme o caso.
Segundo Bruno, em casos de fraude é importante a vítima registrar um boletim de ocorrência para dar conhecimento à polícia e às instituições responsáveis de que determinada empresa tem sido praticante de crimes contra os consumidores.
Confira aqui algumas dicas para não cair em armadilhas
Vejam algumas orientações do advogado que podem ajudar a evitar dores de cabeça após a compra.
- – Desconfie de preços muito abaixo da média, pois podem ser indícios de fraude.
- – Tenha cuidado com ofertas tentadoras enviadas por e-mail, por SMS, ou anunciadas nas redes sociais, especialmente de lojas desconhecidas.
- – Nunca utilize computadores de o público para realizar compras.
- – Desconfie de sites que só aceitam receber por boleto ou transferência bancária.
- – Nunca informe dados do cartão de crédito pelas redes sociais.
- – Observe se o site possui o CNPJ da empresa ou o F da pessoa responsável, além do endereço físico ou endereço eletrônico em que a loja possa ser encontrada.
- – Veja se o site disponibiliza canal para atendimento ao consumidor, o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC).
- – Prefira comprar de lojas conhecidas ou indicadas por amigos e parentes.
- – Pesquise a reputação em sites que avaliam lojas virtuais.