A possibilidade de instalação de um aterro sanitário na região da Farturinha, em Lençóis Paulista, tem gerado preocupação entre moradores que temem impactos ambientais e a contaminação de mananciais. Em coletiva de imprensa na última sexta-feira (11/04), a secretária estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, afirmou que o assunto está sendo acompanhado de perto pelo Governo do Estado.
Segundo a secretária, o empreendimento ainda está em fase inicial e não apresentou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA-RIMA), exigência fundamental para qualquer tipo de licenciamento. “Estive com representantes da Associação (de Moradores da Farturinha) e eles estavam bastante preocupados com a possibilidade de instalação do aterro, principalmente em relação aos mananciais. Reforcei que nenhuma decisão foi tomada e que todos os trâmites serão seguidos com o máximo rigor ambiental”, explicou.
Natália Resende destacou que o Estado está estruturando clusters regionais de gestão de resíduos sólidos, com foco em soluções sustentáveis, que incluam reciclagem, aproveitamento energético e redução do uso de aterros.
“A ideia é gastar menos com transporte, usar menos aterro sanitário, gerar energia e até receita a partir dos resíduos. Mas tudo isso a por critérios técnicos e ambientais muito sérios, especialmente quando falamos em áreas sensíveis como a da Farturinha”, completou.
Ainda segundo a secretária, os moradores e representantes da associação serão informados e ouvidos em todas as etapas do processo de licenciamento. “Estamos construindo esse diálogo com total transparência. O projeto, se avançar, terá que seguir todas as exigências da CETESB e da legislação ambiental vigente”, afirmou.
Confira a entrevista coletiva: