No GP São Paulo da Fórmula 1 será feita a coleta e rerrefino do óleo lubrificante usado. A Lwart vai colocar tambores nos boxes das 10 escuderias.
Esta é a primeira vez que o Grande Prêmio do Automobilismo Brasileiro vai coletar todo o resíduo e fazer o processo de rerrefino. Ou seja, o óleo coletado voltará para a cadeia em forma de óleo básico de alta performance.
E quem está liderando esse projeto no GP São Paulo de Fórmula 1 é a Lwart Soluções Ambientais, empresa 100% brasileira, com sede em Lençóis Paulista, e que tem a sustentabilidade em seu DNA, uma vez que coleta, destina e transforma diversos tipos de resíduos comerciais e industriais.
“Considero histórico o fato de a etapa de São Paulo da maior categoria do automobilismo projete para o mundo a mensagem de que o óleo lubrificante usado só deve ter um destino, o rerrefino. Vale lembrar que esse é um resíduo presente nos automóveis de eio, por exemplo. Portanto, o consumidor também exerce um papel de fiscalização ao procurar saber qual o destino do óleo lubrificante retirado do seu carro. Mais do que cumprir a legislação é garantir a saúde das pessoas e do meio ambiente”, afirma Marcelo Murad, diretor de Coleta e Logística da Lwart Soluções Ambientais.
O óleo lubrificante usado ou contaminado, conhecido como OLUC, é um resíduo perigoso presente em motores industriais e de automóveis que deve ser separado e gerenciado de forma adequada. A legislação brasileira determina que todo OLUC deve ser coletado e destinado para a reciclagem, por meio do rerrefino, e proíbe taxativamente o uso do resíduo como combustível, destinação para queima ou para quaisquer outros fins.
Para se ter uma ideia, segundo a AMBIOLUC, entidade que representa o setor, um único litro de óleo lubrificante usado é capaz de contaminar 1 milhão de litros de água. Além disso, para cada 10 litros queimados são gerados 20 gramas de metais pesados, segundo dados da Cetesb.
VEJA COMO SERÁ A COLETA NA FÓRMULA 1
O projeto prevê a instalação de tambores dentro dos boxes das dez escuderias, para a coleta do óleo, durante todo o período da etapa brasileira. Uma vez coletado e devidamente armazenado, o resíduo será transportado por um caminhão específico para esse tipo de transporte e levado à fábrica da Lwart localizada em Lençóis Paulista/SP, uma das plantas mais modernas do mundo para rerrefino de óleo lubrificante usado.
Com isso, o GP São Paulo de Fórmula 1 recebe o Certificado de Destinação Final, documento de valor legal que assegura a conformidade com as normas ambientais.
O óleo lubrificante é composto por uma grande parcela de óleo mineral, que recebe aditivos para melhoria do seu desempenho. Este óleo mineral presente na sua composição não se degrada durante o uso nas máquinas e motores. E por isso é possível, por meio do processo de rerrefino, separar o óleo mineral contido no óleo lubrificante usado dos demais componentes, como água, aditivos degradados e outros tipos de óleo e combustíveis, recuperando-o incontáveis vezes.
O conjunto tecnológico de ponta presente na planta da Lwart permite que o rerrefino aproveite praticamente 100% do óleo lubrificante usado que entra no processo industrial. Além de extrair o óleo básico mineral, o processo trata a água presente no resíduo e, ainda, transforma suas frações em subprodutos, como combustível gerador de calor para a própria planta, por exemplo, resultando em um processo ecoeficiente no qual nada se perde, toda matéria prima é aproveitada de alguma forma.
Geração de divisas: O rerrefino é responsável por evitar parte da importação desse do óleo mineral, garantindo uma economia de divisas ao País na ordem de US$ 300 milhões por ano, uma vez que o Brasil não é autossuficiente na produção de óleo básico mineral desse tipo.
O rerrefino responde por 18% da demanda nacional, algo em torno de 301 milhões de litros produzidos a partir desse segmento. Outros 40% são produzidos pela Petrobrás, enquanto a maior parcela, de 42%, ainda é fruto de importação, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
“O Brasil é um exemplo para o mundo em termos de índices de coleta e rerrefino de óleo lubrificante usado. Estamos muito felizes e orgulhosos em levar para o GP São Paulo de F1 esse projeto, dentre tantos outros que a categoria realiza para mitigação do impacto ambiental”, conclui Marcelo Murad.