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Escola sem celular: Uso excessivo de telas e desafios para a juventude

A nova legislação que proíbe o uso de celulares nas escolas estaduais e municipais tem gerado debates em todo o país. Para entender melhor os impactos dessa medida, o Acontece na Região conversou com Danieli Roza, coordenadora do Instituto LideraJovem, que há mais de 20 anos atua no atendimento e desenvolvimento de adolescentes e jovens em Lençóis Paulista e região.

A série Escola sem Celular está sendo veiculada neste mês de fevereiro e traz entrevistas com 5 educadores: Selma Spunar – diretora do Colégio São José, Silmara Ferreira – psicóloga, Clarice Garcia – Doutora em Educação pela Unesp, Danieli Roza – Psicóloga e coordenadora do Instituto LideraJovem, Prof. Guto Xavier – Secretário de Educação de Lençóis Paulista.

Segundo Danieli Roza, a proibição se tornou necessária para que houvesse um alinhamento entre todas as instituições de ensino e um debate mais profundo sobre os efeitos do uso excessivo das telas. “É um tema polêmico, mas era preciso uma atitude para que todos estivessem na mesma página e pudessem refletir sobre o melhor caminho a seguir”, comenta.

Ela explica que, no Instituto LideraJovem, já existem regras bem definidas sobre o uso do celular. “Eles podem trazer o aparelho, mas não utilizam durante as atividades. Os próprios jovens decidiram que, durante as duas horas em que estão no Instituto, os celulares devem permanecer desligados e só podem ser usados em casos de necessidade para falar com os pais”, relata.

Impactos no aprendizado e no mercado de trabalho

Para Danieli, a restrição ao uso do celular pode contribuir para um maior foco dos alunos, algo essencial para a aprendizagem e também para a preparação para o mercado de trabalho.

“Durante a pandemia, o celular se tornou a principal ferramenta para o ensino remoto, e isso ampliou ainda mais o tempo de exposição às telas. O problema é que, depois desse período, muitos jovens perderam o hábito de interagir presencialmente e se concentrar em tarefas do dia a dia”, analisa.

O uso excessivo do celular não impacta apenas a atenção, mas também pode gerar dificuldades na comunicação interpessoal. “Temos visto adolescentes que só conseguem se socializar por meio das redes sociais, mas, pessoalmente, enfrentam dificuldades para falar em público ou até mesmo para manter uma conversa”, observa.

Além disso, a hiperconectividade pode gerar consequências no ambiente de trabalho. “O jovem entra como auxiliar e já quer ser gerente. Essa necessidade de tudo acontecer de forma imediata, impulsionada pelo consumo rápido de conteúdos, pode gerar frustrações. No mercado de trabalho, é preciso ter paciência e construir uma trajetória”, alerta.

Tecnologia como aliada na educação

Apesar da proibição, Danieli acredita que o uso da tecnologia na educação pode ser produtivo, desde que seja direcionado. “Já estive em muitas escolas onde vi alunos com fones de ouvido e celulares em mãos enquanto o professor explicava a matéria. Esse descontrole afeta o aprendizado. No entanto, se os aparelhos forem usados de forma planejada, podem ser grandes aliados”, sugere.

Ela cita como exemplo a utilização de aplicativos educacionais que permite criar quizzes interativos para engajar os alunos. “Com ferramentas como essa, é possível transformar o aprendizado em algo mais dinâmico e atrativo, sem perder o foco na educação”, explica.

O papel dos pais no controle do uso das telas

Além da escola, Danieli reforça que os pais têm um papel fundamental no controle do tempo de tela dos filhos. “Não adianta a escola proibir o celular se, ao chegar em casa, o jovem a a tarde inteira no aparelho”, ressalta.

Ela recomenda que as famílias estabeleçam limites claros, como restringir o uso de celulares durante as refeições e antes de dormir. “O uso excessivo das telas prejudica a saúde mental e física, causa problemas posturais e pode afetar a qualidade do sono. Precisamos ensinar os jovens a equilibrar o digital e o presencial”, afirma.

Para os pais de crianças menores, a sugestão é utilizar aplicativos de controle parental para monitorar o tempo de uso e os conteúdos ados. “Também é importante estimular atividades presenciais, como a leitura, esportes e momentos de socialização com amigos”, aconselha.

Danieli finaliza destacando que a proibição do celular nas escolas não deve ser vista apenas como uma restrição, mas como uma oportunidade para refletir sobre o impacto da tecnologia na vida dos jovens. “Essa medida pode trazer benefícios a longo prazo, ajudando a formar adultos mais preparados para lidar com desafios do mundo real”, conclui.

Confira a entrevista completa:

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