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Escola sem celular: Educação em Debate!

O uso do celular dentro das escolas tem gerado debates acalorados no Brasil com a entrada em vigor da nova legislação que restringe o uso do aparelho em instituições de ensino públicas e particulares.

A série: Escola sem Celular do Acontece na Região entrevistou educadores que vão abordar os impactos dessa medida na aprendizagem e no comportamento dos alunos.

Os nossos convidados são: Clarice Garcia, doutora em Educação pela Unesp, Silmara Ferreira, psicóloga especializada em Educação, Selma Spunar, diretora do Colégio São José, Danieli Roza, psicóloga e coordenadora do Instituto LideraJovem, e Professor Guto Xavier, secretário de Educação de Lençóis Paulista.

As entrevistas serão publicadas neste mês de fevereiro e estarão disponíveis na íntegra no nosso canal do Youtube.

Abrindo a série, conversamos com Clarice Garcia, doutora em Educação pela Unesp, professora universitária e ex-diretora escolar. Para ela, a proibição já deveria ter sido implementada há muito tempo.

“Outros países já adotaram essa restrição há anos. A Unesco recomendou essa medida em 2023, e o Brasil, finalmente, percebeu a necessidade de agir. O uso excessivo do celular tem causado prejuízos não apenas na aprendizagem, mas também no desenvolvimento emocional e social das crianças e adolescentes”, explica Clarice.

A especialista destaca que países como Inglaterra e Noruega realizaram estudos sobre o impacto da proibição do celular nas escolas e os resultados mostram que, após três a quatro anos de restrição total do uso do aparelho, a aprendizagem aumentou em 3% – um índice significativo para o desempenho escolar. Além disso, os casos de bullying diminuíram e a busca por tratamentos psicológicos caiu 43%.

“As pesquisas mostraram que a proibição parcial não teve o mesmo efeito. Somente nas escolas onde o celular foi completamente retirado, houve melhora no desempenho acadêmico e na saúde mental dos alunos”, afirma Clarice.

Relação entre o mundo digital e os desafios reais

A implementação da nova regra nas escolas brasileiras ainda está no início, e o impacto sobre os professores preocupa. Já sobrecarregados com inúmeras funções, os educadores agora precisarão fiscalizar o cumprimento da lei.

“O professor não pode enfrentar isso sozinho. A equipe escolar precisa apoiar e dar respaldo aos docentes, pois haverá resistência. O adolescente, por natureza, desafia regras, e o professor precisará do e da direção e da coordenação para lidar com essa mudança”, pontua a especialista.

Outro ponto levantado por Clarice é a dificuldade dos jovens em lidar com desafios da vida real. A exposição constante às redes sociais cria uma visão idealizada do mundo, onde tudo parece perfeito, o que gera frustração e insatisfação.

“Os adolescentes estão imersos no que chamamos de ‘Instagramável’. Tudo tem que ser bonito, perfeito. Isso gera um distanciamento da realidade e contribui para o aumento da depressão e ansiedade entre os jovens”, alerta.

Tecnologia na educação: um equilíbrio necessário

Embora o celular seja um facilitador do o à informação, a especialista reforça que existem outras formas de trabalhar a tecnologia em sala de aula.

“O computador e o tablet ainda estarão disponíveis para atividades pedagógicas. A questão é que precisamos equilibrar o uso da tecnologia com o desenvolvimento de habilidades cognitivas, sociais e emocionais. Precisamos de mais livros e menos TikTok”, afirma.

Além disso, ela ressalta a importância da leitura para estimular a criatividade e o pensamento crítico, habilidades que podem ser comprometidas pelo consumo excessivo de conteúdos rápidos e prontos.

O impacto da inteligência artificial na aprendizagem

A popularização da inteligência artificial (IA) também é um desafio para a educação. A facilidade de obter respostas prontas pode comprometer a capacidade dos alunos de resolver problemas e desenvolver raciocínio lógico.

“Para interagir com a IA, é preciso ter vocabulário, contextualização e capacidade de formular boas perguntas. Se os jovens não desenvolverem essas habilidades, vão se tornar dependentes da tecnologia para tudo. E se um dia o celular acabar a bateria? Como eles vão resolver os problemas da vida real">

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