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Escola sem celular: Como as Instituições Estão se Adaptando

A restrição do uso de celulares nas escolas é uma realidade que já começou a ser aplicada em diversas instituições de ensino do País. Para entender como essa mudança está sendo implementada, o Acontece na Região conversou com Selma Spunar, diretora do Colégio São José, que compartilhou sua experiência e os desafios enfrentados pela comunidade escolar.

A série Escola sem Celular está sendo veiculada neste mês de fevereiro e traz entrevistas com 5 educadores, Selma Spunar – diretora do Colégio São José, Silmara Ferreira – psicóloga, Clarice Garcia – Doutora em Educação pela Unesp, Danieli Roza – Psicóloga e coordenadora do Instituto LideraJovem, Prof. Guto Xavier – Secretário de Educação de Lençóis Paulista.

Atualmente, o colégio conta com mais de 600 alunos, desde o berçário até o ensino médio. Segundo Selma, a escola já vinha se preparando para essa nova regulamentação desde dezembro de 2023, quando foi sancionada a lei estadual 18.058, que restringe o uso de celulares nas escolas de São Paulo. Com a aprovação da lei federal 15.100, em janeiro deste ano, o debate se intensificou, e a escola adotou um protocolo para orientar alunos, pais e professores sobre as novas diretrizes.

Selma faz questão de diferenciar proibição de restrição. Isso porque o uso do celular não foi completamente banido, mas sim regulamentado para fins pedagógicos e situações emergenciais.

“O celular não pode ser usado para fins sociais dentro do colégio. Os alunos que levarem o aparelho devem mantê-lo desligado e guardado na bolsa fechada ou nos armários disponibilizados pelo Grêmio Estudantil. O uso só é permitido em casos específicos, como para alunos com necessidades especiais ou para monitoramento de saúde, como no caso de quem precisa medir a glicemia pelo celular”, explica a diretora.

Além disso, há momentos específicos em que o celular poderá ser utilizado para atividades pedagógicas. “A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) prevê o desenvolvimento das competências digitais. Isso significa que os alunos precisam aprender a usar a tecnologia de forma ética e responsável, e é papel da escola guiá-los nesse processo”, pontua Selma.

A adaptação dos alunos e o papel da família

Segundo a diretora, a expectativa inicial era de que os alunos tivessem dificuldades para se adaptar, mas a recepção foi positiva.

“A equipe pedagógica estava apreensiva, mas os alunos chegaram cientes das novas regras e têm seguido o protocolo. Não temos mais aquela espiadinha no WhatsApp ou nas redes sociais durante as aulas”, relata.

No entanto, Selma ressalta que, caso ocorram descumprimentos, a escola já tem medidas definidas.

“Se um aluno for flagrado usando o celular indevidamente, será encaminhado à coordenação e o aparelho ficará retido até que os pais venham buscá-lo”, explica.

A diretora enfatiza que a parceria com as famílias é essencial para que a medida tenha sucesso. “Quando escola e família falam a mesma língua, tudo funciona melhor. Estamos em um período de adaptação e, em nossas reuniões de pais, discutiremos ajustes e sugestões para garantir que essa mudança aconteça de forma eficiente”, afirma.

Confira a entrevista

Uso pedagógico do celular: como equilibrar?

A proibição do uso recreativo do celular levanta uma questão importante: como equilibrar a necessidade de desenvolver habilidades digitais com as restrições da nova lei?

Selma explica que a tecnologia continua presente na rotina escolar, mas de forma direcionada.

“A BNCC já prevê o ensino da cultura digital. O aluno precisa aprender a utilizar a tecnologia de maneira ética e produtiva. Para isso, o professor deve indicar os melhores caminhos e ferramentas para a pesquisa e o aprendizado”, destaca.

A diretora também menciona a importância de ensinar os alunos a usarem a inteligência artificial de forma responsável.

“Com a I, é muito fácil simplesmente copiar respostas prontas. Mas o aluno precisa entender que a tecnologia deve ser usada como ferramenta de apoio, e não como um atalho para evitar o esforço intelectual”, alerta.

Os professores também aram por uma formação específica para lidar com a nova realidade da sala de aula.

“Preparamos nossa equipe com o auxílio de um psicólogo, pois sabíamos que alguns alunos poderiam apresentar resistência ou até dificuldades emocionais com essa restrição”, conta Selma.

A capacitação dos docentes será contínua, para que possam atuar com segurança tanto no cumprimento da lei quanto no ensino do uso consciente da tecnologia.

Os benefícios esperados com a nova regra

A expectativa é que a restrição do uso do celular traga melhor concentração, menos distrações e maior interação social entre os alunos.

“Com menos tempo de tela, os estudantes poderão fortalecer amizades, desenvolver empatia e aprender a lidar melhor com frustrações. O celular é uma ferramenta útil, mas não pode substituir o contato humano nem o aprendizado ativo”, destaca Selma.

Ela também aponta que a restrição pode reduzir a exposição dos alunos a conteúdos prejudiciais e até a desafios perigosos que circulam nas redes sociais.

“Nos últimos anos, vimos muitos casos de adolescentes que se colocavam em risco por influência da internet. Limitar o uso do celular na escola é também uma forma de protegê-los”, alerta.

Embora a restrição do celular nas escolas ainda esteja em fase de adaptação, Selma acredita que, a longo prazo, a medida contribuirá para a formação de cidadãos digitais mais conscientes.

“O objetivo não é demonizar a tecnologia, mas ensinar os alunos a usá-la com responsabilidade. No futuro, eles continuarão utilizando o celular, dentro e fora da escola, mas esperamos que saibam fazer isso de maneira equilibrada e produtiva”, conclui a diretora.

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