Com a chegada do verão, o aumento das temperaturas e as chuvas ocasionais criam condições ideais para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue.
A médica infectologista Dra. Geovana Momo, da Unimed Lençóis Paulista, alerta que Lençóis Paulista já registra casos da doença, incluindo internações. Em 2024, o Município enfrentou uma epidemia severa, com mais de 500 casos confirmados e duas mortes.
Segundo Dra. Geovana, os sintomas da dengue podem ser confundidos com outras infecções virais nos primeiros dias, mas a febre alta, dores pelo corpo, articulações e mal-estar intenso são sinais característicos da doença.
“Assim que surgirem esses sintomas, é fundamental iniciar a hidratação e, caso não haja melhora ou ocorram vômitos ou febre persistente, buscar atendimento médico imediatamente”, orienta a médica.
Prevenção contra a dengue começa em casa
Mais de 80% dos criadouros do mosquito Aedes aegypti estão dentro das residências. Por isso, a infectologista reforça a necessidade de realizar inspeções frequentes nos quintais, jardins e terrenos baldios próximos às casas.
“É preciso eliminar qualquer objeto que acumule água, como pratos de plantas, garrafas ou pneus. É uma rotina que devemos adotar, já que todo ano temos casos graves e até mortes por dengue”, enfatiza Dra. Geovana.
A médica informa que o uso de repelentes, aerossóis e inseticidas também ajudam no combate ao mosquito, especialmente em locais com maior incidência de insetos.
“Repelentes podem ser aplicados diretamente na pele e sobre as roupas. Os dispositivos de tomada e sprays são válidos para reforçar a proteção em ambientes internos”, explica a médica.
Vacinação contra a dengue está disponível
Dra. Geovana também destaca a importância da vacinação, que está disponível para pessoas entre 4 e 60 anos. Na rede pública, a prioridade tem sido crianças de 10 e 11 anos, mas a vacina pode ser adquirida na rede privada para quem está na faixa etária permitida.
“É uma vacina segura e recomendada. Quem estiver dentro da faixa etária deve tomar as duas doses necessárias para reduzir o risco de complicações e internações”, ressalta.
Com o aumento dos casos já no início do ano, a médica reforça a necessidade de união da população na luta contra o mosquito. “Eliminar criadouros, prestar atenção aos sintomas, buscar vacinação e orientação médica são atitudes essenciais. No ano ado, tivemos mortes não só em Lençóis, mas em toda a região. Precisamos agir para evitar que isso se repita”, conclui.